Minha querida, mude essa postura. Levanta a cabeça e mude essa crença que você internalizou. Qual crença? Essa do título do seu desabafo. Ela é o motivo da sua atual vida. Mude sua crença e você mudará de vida.
Você fez psicoterapia e não foi diagnosticada? Então tá aí algo para começar a planejar...saber o que se tem e quem sabe desvendar alguns porquês para seus comportamentos. Acredito que sozinha vai ser muito difícil. Não tem nenhum familiar ou um conhecido que te auxilie nesses primeiros passos?
Lamento muito que você esteja enfrentando esses sentimentos tão avassaladores. O que você descreveu é extremamente desafiador e doloroso, mas quero que saiba que é possível encontrar uma saída, mesmo quando parece que tudo está escuro.
Primeiro, é importante reconhecer a coragem que você demonstrou em compartilhar o que está sentindo e em reconhecer que, apesar de tudo, você quer viver e experimentar coisas novas. Esse desejo de viver fora do quarto, de fazer coisas que parecem pequenas mas significativas, é um sinal de que existe uma parte de você que está buscando esperança, mesmo que agora pareça distante.
Voltar a se machucar depois de tanto tempo pode ser um sinal de que a sua dor e a sensação de impotência se tornaram intensas demais. Isso não significa que você falhou, mas sim que o sofrimento chegou a um ponto em que suas estratégias de enfrentamento já não estão mais sendo suficientes. Ser gentil consigo mesma nesse momento é essencial; o autocuidado é difícil quando a ansiedade e o medo parecem tomar conta, mas lembre-se de que você merece compaixão e apoio.
Se a terapia anterior não trouxe respostas ou diagnósticos, pode ser uma boa ideia procurar uma segunda opinião de outro profissional de saúde mental. Às vezes, encontrar alguém que adote uma abordagem diferente pode fazer toda a diferença. Mesmo que você já tenha tentado, cada terapeuta tem suas próprias estratégias e métodos, e um novo olhar pode te ajudar a entender melhor o que está acontecendo.
Quero reforçar que buscar apoio é um passo fundamental, e não precisa ser enfrentado sozinha. Amigos, familiares ou grupos de apoio podem ajudar a lembrar que você não está só. Se for possível, procure ajuda de um psiquiatra para avaliar a possibilidade de tratamentos complementares, como medicação, que podem ajudar a reduzir a intensidade dos sintomas de ansiedade e te dar um pouco mais de espaço para começar a mudar gradualmente sua rotina.
Pequenos passos são vitais. Não subestime a importância de pequenas conquistas, como sair do quarto por alguns minutos, respirar ar fresco ou tentar fazer algo simples que te traga conforto. É um processo, e você não precisa fazer tudo de uma vez.
Lembre-se: sua existência tem valor, mesmo quando as coisas parecem sem solução. Você não está sozinha, e há pessoas que se importam com você e podem te ajudar a encontrar caminhos para a cura. Se precisar de mais apoio ou quiser conversar, estou aqui para ouvir.@Senhorita:84119
Tenho certeza que você é bem intencionada, e por isso, agradeço, e gostaria de conseguir mudar minha postura, tenho tentado fazer isso, não é falta de esforço.
@PobrinEducadin:67154
Obrigada pelas palavras, É complicado, não tenho muito dinheiro então a terapia que fiz foi a que o sus me mandou de graça, ou seja, a única opção sem custo já foi explorada sem resultados muito bons. Em questão de família, moro com minha mãe, mas, ela é parte da razão de eu ser assim, mesmo que eu ame muito ela, ela me deixa pior, porém, hoje algo bom aconteceu, eu saí pra tomar sorvete com minha amiga, nós falamos bastante sobre a vida, eu sei que isso não resolve meus problemas mas, me senti bem, eu vou continuar tentando socializar, escrevi meu texto em um momento de crise onde eu estava vendo tudo de forma negativa, agora estou mal, mas, não tão mal.
@pool:86957
Obrigada pelas dicas, olha você até parece um psicólogo pela linguagem que usa, chamando cortes de estratégias de enfrentamento, enfim, como eu disse em resposta ao outro comentário, seria bem difícil eu encontrar outro profissional agora, pra você ter uma ideia, o chuveiro estragou a uns 4 meses e não tem dinheiro pra arrumar, agora é só banho de balde, e o sorvete de hoje minha amiga que pagou, mas, mais uma vez, foi algo muito especial, essa saída de hoje, eu nem sabia que a padaria da esquina tinha mudado de fachada, mudaram a 2 semanas, mesmo assim, eu saí, então estou um pouco mais esperançosa já, acho que o pior passou, quer dizer, eu ainda tenho a minha lâmina, depois de tanto tempo sem fazer isso seria impossível parar depois de um só corte, mas, mesmo assim, eu vou me esforçar bastante.Mudar a postura, de fato, é algo trabalhoso. Deus lhe dê forças para conseguir. Sei que não é fácil.
E me descupe pela minha comunicação, acredito que mesmo bem intencionada demonstrou um pouco de violência. Estou trabalhando essa questão.- Mer:82772MOD
Me sinto semelhante. Mas, num momento provavelmente melhor que o seu.
Desde a adolescência eu tenho fobia social. Mas, EXTREMA mesmo. Para você ter noção, um dos motivos de eu ter saído do meu antigo curso foi esse. Eu não progredia, abandonei todas matérias que pediam apresentações. Nas poucas que tentei fazer, entrei em choque e praticamente não consegui falar. Bom, mudei de curso e a situação seguiu, com a diferença de que eu estava disposto a superar o medo. Nas primeiras apresentações eu fiquei muito nervoso, mandava mal e sofria com semanas de antecedência. Mas, já no 2° semestre eu fiz uma apresentação relativamente boa, apesar de muito nervoso. Eu saí extremamente feliz, e isso me fez querer ainda mais vencer o meu medo. Cheguei a recair, abandonei uma matéria ano passado por conta disso, mas, no semestre passado, decidi encara-la e isso certamente mudou a minha vida. Fiz boas apresentações, e isso certamente colocou o meu maior medo num patamar muito abaixo do que era antes. Tenho certeza de que, hoje, a primeira coisa que passará pela minha cabeça não será a fuga quando eu souber que terei de apresentar. Medos são vencidos de forma progressiva, lembre-se disso, são os resultados positivos(ou impressões positivas) que nos levam a visualizar que o medo é irrealista(ao menos em muitos aspectos). Então, acima de simplesmentr encarar o medo, faça de tudo para encara-lo da melhor forma! No meu caso, eu treinava muito e tomava alprazolam(remédio pra ansiedade) antes das apresentações. Isso com certeza afetou meu desempenho e, portanto, a percepção sobre o sentido desse meu medo.
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O medo sempre moldou a minha vida, eu era a criança quieta, depois a adolescente solitária, e agora a adulta desempregada que não sai do quarto a semanas, eu estava a 3 anos e meio sem me cortar e a poucos dias atrás voltei a fazer isso, eu tenho bastante certeza que tem algo errado comigo (ou fobia social, ou talvez personalidade esquiva, não sei) mas, mesmo indo a terapia por anos (quando descobriram meus cortes e diários falando de suicídio fui forçada a ir), nunca recebi nenhum diagnóstico de nada, enfim, eu tentei por muito tempo vencer os meus medos, e, pra ser sincera, eu não quero morrer, eu quero viver, mas, eu quero viver fora do meu quarto, quero comer uma comida que eu nunca comi antes, ver um filme no cinema, falar a piada que eu pensei em voz alta, cantar... tudo isso parece tão longe da minha realidade que é difícil até de me imaginar fazendo qualquer uma dessas atividades. Até um tempo atrás estava tudo sobre controle pois eu tinha um estágio, ele acabou e eu estou procurando um trabalho a 6 meses, pode parecer pouco tempo, mas, a única coisa que me dava um senso de utilidade, de que eu não era um completo desperdício de recursos era conseguir pagar minhas contas, mesmo que eu seja estranha e cheia de medos, pelo menos eu era funcional, agora, eu não sou mais, e eu não consigo outro trabalho, e eu não consigo ter energia e coragem para melhor quem eu sou, para fazer cursos de aperfeiçoamento ou ir pessoalmente falar com pessoas, eu tenho medo demais para me mexer e toda essa ansiedade acaba com minha vitalidade, eu só mando meu currículo e me candidato a vagas, nada além disso, nesse ritmo é óbvio que não vou sair do lugar, e se eu não sair do lugar, vou me sentir cada vez pior, eu não consigo mais sair desse buraco.
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