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CharlieFG:2280
Editado em: 26/04/2016 16:55:18

A vida é como ela é.

Olá, eu gostaria de me identificar para você, porém, alguns fatores pessoais não me deixam seguro. Antes de tudo, só quero dizer que meu apelido é "Charlie". Aposto que você já deve ter conhecimento da existência desse nome, porém, vou te explicar o que o mesmo representa para mim.

Recentemente vi um filme chamado "As vantagens de ser invisível". Gostei tanto, que cheguei até a comprar o livro. O filme retrata basicamente a vida de um adolescente depressivo, antissocial e considerado esquisito pela maioria das pessoas. Não entendo até hoje exatamente qual mensagem o filme quis passar, porém, sinto algo especial ao assistir. Talvez pelo fato de me identificar com o protagonista, e também pelo fato de recentemente ter sentido um amor platônico pela Emma Watson. Hehe.

O mais curioso disso, é que esse não é o meu primeiro amor platônico, não mesmo. Recentemente também senti algo parecido por uma moça, ela me dava aula de teatro, era atraente e bem mais experiente, diga-se de passagem. Hehe.

Agora, tente imaginar o que se passa na cabeça e principalmente nos romances de um jovem que já se apaixonou pela sua professora de teatro e pela Emma Watson, provavelmente, nada muito realista. Quem me dera ao menos uma vez ter o poder de vivenciar o amor, e também a sedução emocional e física, quem me dera.

Minha vida não se baseia no que eu imagino, geralmente se baseia em algo previsível, ou algo surpreendente. Quando é algo surpreendente, eu imediatamente penso: Vish! Ferrou! O que será dessa vez hein?

Hoje foi um daqueles dias, porém, quem me dera se fosse um dia previsível, talvez eu pudesse manipular os acontecimentos na minha imaginação. A final, momentos previsíveis são referências para o imaginário da maioria das pessoas, principalmente quando se trata de mim. É claro.

Hoje foi um daqueles dias na escola, em que eu estava pronto para o meus monótonos momentos sociais, quando o meu ambiente interativo me incomoda com a surpreendente paisagem de cartazes, eu logo pensei: Vou permanecer sentando na minha carteira, aposto que lá vem bomba. E não é que veio mesmo, meu instinto nunca falha!

O pior de tudo é que eu não fiz o tal do cartaz, era referente a um bendito trabalho escolar, que eu não tive tempo de saber de sua existência, quanto mais tempo para fazê-lo e para piorar mais ainda, é um trabalho de ciências. A matéria do professor mais carrasco e narcisista do colégio, ah me poupe!

Você já deve estar vendo como as minhas surpresas são ilimitadas quando se trata do desespero, porém, por mais incrível que pareça, ainda tem algo a mais. O bendito professor, disse que vai ter uma feira de ciências no colégio, sábado, a partir das oito horas da manhã! Oito horas da manhã no sábado! Dá para acreditar?!

A partir dessas descrições do meu dia no colégio, você provavelmente já deve estar imaginando o desenrolar, o desenrolar foi nunca acabar de me enrolar! Isso sim! Na verdade aquele era um cartaz em grupo, que provavelmente irá auxiliar ou até mesmo fazer parte da tal feira de ciências, ou seja, na minha sala tinham vários grupos e esse é o meu. Passei as aulas inteiras sendo menosprezado pelo meu grupo, não me pediram atividades e nem tão pouco auxilio nas atividades, ou seja, não houve inclusão. Fiquei mais de meia hora sentando, sozinho e quieto na minha carteira.

Ainda depois de ter sido menosprezado e excluído por parte de dois colegas, lá vem mais uma grande surpresa. O professor de ciências passou na sala para dar uma conferida, me viu sentado, disse que vai me tirar pontos por não fazer a atividade e ainda ame julgou como um aluno preguiçoso! Eu fico a manhã inteira sendo menosprezado e excluído pelos meus colegas em atividades escolares, sou julgado pelo professor e ainda perco nota. É mole?!

Hoje é um dia e tanto e amanhã vai ser mais ainda, amanhã será o meu aniversário. O tão esperado aniversário, onde irei fazer quinze anos, não conclui meus estudos e ainda vou ser motivo de chacota por parte dos meus colegas, somente pelo fato de eu estar no sétimo ano. Vou fazer o máximo para eles não saberem minha idade, é claro.

Eu sei que isso pode parecer estranho, porém, sou um cara considerado inteligente. Eu repeti, pelo fato de ter sofrido bullying e sentir medo de ir a escola, porém, estou novamente tendo que passar por essa fase. Não há outra saída.

Sou um cara de quinze anos, que vive amedrontado, ansioso, iludido, deprimido, solitário e solteiro. Nunca tive amigos, nem tão pouco uma namorada. Essa é a minha vida, porém, não me orgulho de fazer papel de vítima, só faço isso para me expressar, ser reconhecido, emocionar pessoas e ouvir aplausos. Aplausos que permanecem na minha imaginação, como sempre ficaram posicionados e acomodados.

Essa é a minha vida, se acomodar no papel de vítima e me conformar em não ter uma vida social mais instável. A vida é como ela é, infelizmente.
3 Respostas
  • Hoje eu estou muito realista , não serei diferente. Você se faz muito de vítima , se julga '' inteligente '', e talvez até superior. Não tem amigos porque é anti social e não é amigavel, ninguém te menosprezou você que não mostrou interesse. E digo mais você repetiu porque é covarde e não porque te amedrontaram , Isso é tipico aqueles garotos criados por vó que vive em apartamento.
    Ou você aprende a virar homem ou sempre vai ser ISSO que você é.
    E não se faça de vitima.
    abraço

  • Vc se expressa muito bem, rapaz. Parabéns!

  • Obrigado!

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