Desabafo
Perto da hora da saída no colégio, na última aula, eu já estava aguardando com ansiosamente, e também com tensão a minha futura e inesquecível tortura psicológica. E não é que não foi diferente?
Aquela foi mais uma daquelas aulas de educação física, em que sou massacrado socialmente e verbalmente, somente pelo fato de eu ser mais ilimitado em tais práticas físicas e esportivas, os meus colegas me tratam como um criminoso, um criminoso que merece ser punido, somente por não atender suas expectativas. Os meus colegas se acham importantes, só porque se julgam "bons" em educação física, como se isso tornasse eles mais privilegiados do que eu, porém, eu acho que isso tem importância para aqueles que almejam essa futura profissão, e não é o meu caso. Mesmo assim, não desrespeito o lazer das pessoas, eu acho que ninguém é bom em tudo e todos temos que ter um momento de lazer.
Um garoto da minha sala me corrigiu, tentou me ensinar como fazer flexões, porém, ao mesmo tempo era irônico, sarcástico e sempre falava com um ar de superioridade. Enquanto isso, ele insinuava os meus "constrangedores" movimentos corporais e seus colegas zombavam de mim, mutuamente. Ao mesmo tempo que ele parecia querer me dar apoio, não conseguiu se contentar em não zombar de mim, e se julgar como um ser humano privilegiado. É claro.
Desde o começo desse ano, estou sendo motivo de chacota por parte de meus colegas e ao mesmo tempo que a minha defesa esteja na ponta da língua, ela não sai.
Ultimamente sinto muito a falta de duas coisas, o respeito e a capacidade de amar.