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Araceli:3240

Vitima do cla Januario #5

A Matriarca dos Januário era uma mulher que grudou em mim como uma sanguessuga. Fazia de tudo para que eu não saísse da cada dela, inclusive me culpando pelos abusos que sofria dos seus filhos. Ela acobertava tudo! Mas reclamava com eles quando se metiam comigo. Nunca entendi nada do que acintecia e cheguei até a achar que ela gostava de mim. Por isso chorei quando morreu. Fui descaradamente enganada e ninguém acredita no que eu digo até hoje. Ela é o tipo de mulher intocável que só pelo fato de ter sido mãe solteira e vinda do interior. Na minha opinião, ela envergonha essa classe.
Devem estar se perguntando o motivo de estar me queixando sobre alguém falecido e eu explico: sou a favor da verdade e não deixar que essa falsa imagem se espalhar pois sou cobrada por ser "neta" dela. Não posso reclamar do que vivi pelo simples fato de que se tudo fosse diferente não a teria conhecido. E eu lá queria ter conhecido aquela bruxa? Deveria ter sido condenada a forca por ter posto seus rebentos no mundo.
Ela roubou o pretendente da irmã sem pensar duas vezes. A alegaçao? A outra ficou com vergonha de ir a sala quando o sujeito foi pedir a sua mão ao pai da mesma. Pelo simples fato de nao ter servido café a ele foi trocada pela Joaquina no mesmo estilo de quem troca de produto numa prateleira. Isso gerou um ódio tremendo na outra que acabou batendo em mim tbm.
Usando a desculpa de estar fugindo da pobreza por ter agido sem escrúpulos contra alguém da propria familia embarcou para o Rio de Janeiro com o novo marido. Mas como quem foge da miseria sem escrupulos acaba tropeçando nela pelo caminho perdeu seu "salvador" para um ataque cardiaco ficando sozinha sem instruçao com 4 filhos. Eles tiveram que trabalhar aos anos 11 de idade pagando pelos erros da mãe. Porem nao uso isso para justificar seu comportamento pq eles sabiam tratar suas vagabas bem.
Eles a odiavam e também tudo o que ela supostamente gostava. Julgavam-na como uma doente mental que nao sabia julgar as pessoas. Nem choraram quando ela morreu. Fui a única.
Ela tbm nao gostava deles. Seu desejo era ter uma menina. E quando eu nasci nao pensou duas vezes em se agarrar a mim e a minha mae. Porem foi imcapaz de me dar amor. O estranho habito de se agarrar as coisas dos outros era algo comum dela fazer.
Na sua casa, minha obrigaçao era ficar calada em um canto enquanto ela me entupia de comida e proibia qualquer contato meu com o mundo exterior. Era uma mulher fria e distante que nunca evitou que eu sofresse abusos. Pelo contrário, justificava dizendo que era por causa da minha malcriaçao. A unica coisa que eu fazia era me defender. Nunca disse ey te amo ou me deu uma abraço... Um carinho. Nada. Eu nunca troquei muito mais que duas palavras com ela. Durante os seis anos que convivi com ela. Mas eu nao podia sair de sua casa. Uma semana fora na casa da minha mae era motivo para reclamaçoes e pitis.
Eu tinha que viver como se estivesse empalhada. Nem limpar a casa eu podia e ai se eu insistisse. Ela logo dizia que nao estava bom e que nao sabia fazer. Nunca me pediu nada e isso gerava raiva nos seus filhos que sempre tiveram que limpar tudo. Bem, eu tinha quatro anos quando cheguei la mas minha mae me ensinou a fazer tudo em casa. Nunca fui bagunceira ou barulhenta. Meus tios sempre enchiam o saco com isso mas notei que eles me reprovavam em tudo o que me tirava o prozer de fazet qualquer coisa aos sete anos. Porque vou fazer se vao me reprovar? Melhor nao fazer nada. A reclamaçao sera menor e nao serei chamada de inutil. Minha mae era sempre xingada quando eu me atrevia a fazer qualquer coisa. Diante disso nao exitei em desistir de tudo e me refugiar na televisao.
Ela comprava de tudo pra mim no quesito comida e eu achava um exagero. Nao tinha muita coisa quando vivia com a minha mae no nordeste mas tbm nao passei fome ou reclamei. Arroz com feijao e bom. O que importava era estar ao lado da minha mae. So que Joaquina nao pensava assim e fazia um prato enorme. Quando eu nao comia ela reclamava e se queixava com os outros e me chavam de metida e mal agradecida. Eu ouvia sempre se fosse na sua mae vc nao faria isso e vc nao gosta da sua avo.
Era horrivel! Uma vez vomitei apos comer e morri de medo de ser descoberta. Pensei em comer o vômito mas a primeira lambida que dei me fez vomitar de novo. Acabei tendo que dizer que estava doente e ouvi que tinha trazido doenças do Nordeste. Vomitei muito escondida mas o medo nao me permitiu contar nada para a minha mae. Hoje sou obesa mórbida e estou lutando para emagrecer.
Isso tbm foi um artificio para que eu nao fugisse ja que excesso de peso era visto onde eu morava e na escola. Sofrir muito preconceito por parte de colegas de escola, vizinhos e ate dos filhos dela. Passei toda a infancia e adolescencia me achando feia por causa disso. Hoje vejo que sempre fiu linda e do jeito queria, nao mudaria nada em mim. Parecia um anjo e me desenho assim ate hoje con o intuito de preservar a verdade de quem eu era.
Ela nao sabia ler nem escrever mas procurou aprender. Porem eu era obrigada a lhe passar exercicios o textos para que exercitasse o que tinha aprendido. Eu, com apenas sete anos tendo que ser professora. Eu nunca me incomodei e me esforçava mas ja sofria com as consequencias dos abusos que passava. O estresse bloqueava minha mente e as reprovassoes do meu pai e tios apareciam assim que eu começa a escrever. Eu simplesmente fugia de tudo. E ela dizia que era preguiça e falta de consideraçao da minha parte.
Ela foi a primeira a entrar na Universal em busca de paz e alienaçao de culpa. Me levou ate lá para ser consagrada pelo pastor e ser livre das maldiçoes. Mal notava que ela era minha maior maldiçao.
Queria que eu a orientasse na leitura da biblia nas reunioes mas o pastor falava tanta coisa junto que eu me perdia. Para nao ouvir xingamentos fugia dessa tarefa. Sempre chamada de preguiçosa e egoista.
As namoradas de seus filhos aprendiam a me odiar e a abusar de mim com ela tbm. Faziam parte do grupo Todos pela dona Jo que era seu apelido. Uma vez no mercado eu me distraia com um tamagochi qyando uma garota se aproximou e pediu para ve-lo. Eu permiti e ela deixou cair no chao. Pediu desculpas e se foi. Apos isso ouvi uma enxurrada de criticas dela e de uma piranha que era filha de uma das vagabas de seus filhos que eu deveria ser mais atenta e nao ficar emprestantando minhas coisas aos outros pois aquela menina ja estava me olhando a um tempao e so queria derrubar meu brinquedo no chao por pura inveja. Meus caros leitores, eu estava uma pilha de nervos so de estar na rua com elas pois isso ja era sinonimo de pura treta chegando. Tudo o que queria era fugir dali correndo. Iria prestar atençao no que? E outra: se ela viram a bruxinha me olhando porque nao fizeram alguma coisa ou me avisaram? Era o que uma familia de verdade faria. Naquela hora vi que elas nao gostavam de mim.
Com o passar dos anos ela adoeceu e foi diagnosticada com câncer. So descobri isso ler seu atestado de obito. Ninguem me avisou de nada e senti uma culpa imensa por isso. Poderia ter feito mais por ela se soubesse. Eu tinha capacidade para isso. Poderia estar assustada mas seria capaz de enfrentar tudo de frente.
Com isso as noras dela entraram ba historia cuidando dela e os abusos passaram a ser feitos por elas.
Joaquina foi para a santa casa no centro da cidade e voltou apenas uma vez pra casa. Fui busca-la no hospital com apenas dez anos e ela veio com a mao na minha perna a viagem toda. Tremi a viagem toda no taxi por achar que ela queria me molestar.
Apos algumas semanas voltou para a Santa Casa e morreu numa madrugada. Como sempre fui a ultima a saber e ouvi piadinhas na escola do tipo o que vc faria se a sua avo morresse.
Descobri depois que nem la ela desgrudava de mim pensando em bolos de aniversario ja que eu fazia anos no mesmo mes que ela.
Nessa epoca seus outros netos nasceram mas ela nao ligou. E isso ajudou a aumentar a raiva que seus filhos sentiam por mim.
Chorei, admito. Mas isso apenas provou que eu era humana e gostei um dia dela. Acredito que tenha sido a unica. Hoje me arrependo pq ela nao merecia.
Sua irma me odiava. Me chamou de chata o tempo todo que passou aqui (graças a Deus). Quase foi expilsa por causa disso ao ouvir que podia ir embora. Me odiava por ser bonita, educada e ter traços negros. Sim, ela era racista. Assim como todos os outros.
Maldita Joaquina. Que esteja no inferno agora com seu marido satanico e seu filho molestador. Que esse relato destrua a imagem de santa que deram a vc e revelem a verdadeira cobra que era.
3 Respostas
  • Blá, blá, blá.... mais do mesmo.

    Já que passa por isso, porquê não vai até uma delegacia da polícia civil? O que adianta ficar falando para anônimos? Ou isso é um pedido de socorro velado e vc quer ter seu IP e localização descobertos e que medidas sejam tomadas?

  • Ninguém tem mais saco para vc hein? Deve ser muuuuuito triste. Nade na frustração e anonimato querida.

  • Ok Manu, obrigada. Não vou colocar mais a fulana nos "trend topics". :-)

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