Ninguém quer uma
Quando era criança, constantemente aparecia alguém que parecia gostar de apontar o dedo e rir enquanto dizia "Você é chata!" ou "Você é feia!", cresci ouvindo as crianças apontarem os dedos, com esses pensamentos se fixando em minha cabeça, conforme os anos passavam, fui passando a acreditar no que elas diziam.
Quando me ofereciam alguma coisa, tinha vergonha de aceitar por achar estar gorda demais ou que iria ficar mais feia do que já era. Não gostava de ir pra escola pois sabia que quando chegasse lá, iria precisar sentar sozinha no fundo da sala e passar os intervalos sentada em um banquinho olhando as crianças brincarem.
Na adolescência, passei a me olhar nos espelhos e não gostar do que via. Conseguia ver apenas um corpo cheio e que ninguém seria capaz de amar, um corpo grande...
Via os comerciais de televisão promovendo remédios para emagrecimento, modelos magras desfilando pelas passarelas, minhas amigas eram magras e eu a única gorda
entre elas, sentia os olhares de reprovação queimando em minhas costas.
Me sentia um peso.
Os números de minha cintura não me satisfazem, minhas coxas são muito grossas, os números da balança grandes. Quando acordo vejo pessoas felizes com seus
corpos e esbanjando sorrisos pelas ruas. Mas eu não gosto de meu corpo, não gosto do meu sorriso, de minha voz... Passo maquiagem todos os dias, para tentar me sentir
um pouco mais feliz, mas sinto-me falsificada.
Ninguém quer uma gorda. Ninguém quer uma feia.
Quando me ofereciam alguma coisa, tinha vergonha de aceitar por achar estar gorda demais ou que iria ficar mais feia do que já era. Não gostava de ir pra escola pois sabia que quando chegasse lá, iria precisar sentar sozinha no fundo da sala e passar os intervalos sentada em um banquinho olhando as crianças brincarem.
Na adolescência, passei a me olhar nos espelhos e não gostar do que via. Conseguia ver apenas um corpo cheio e que ninguém seria capaz de amar, um corpo grande...
Via os comerciais de televisão promovendo remédios para emagrecimento, modelos magras desfilando pelas passarelas, minhas amigas eram magras e eu a única gorda
entre elas, sentia os olhares de reprovação queimando em minhas costas.
Me sentia um peso.
Os números de minha cintura não me satisfazem, minhas coxas são muito grossas, os números da balança grandes. Quando acordo vejo pessoas felizes com seus
corpos e esbanjando sorrisos pelas ruas. Mas eu não gosto de meu corpo, não gosto do meu sorriso, de minha voz... Passo maquiagem todos os dias, para tentar me sentir
um pouco mais feliz, mas sinto-me falsificada.
Ninguém quer uma gorda. Ninguém quer uma feia.