Será que só faço besteira? Sim - Parte II
Queria também agradecer ao próprio site, por estar aqui para nossos desabafos.
Sem mais delongas...
Segui o conselho de vocês e falei com ela pessoalmente.
Esperei até a hora da saída perto da porta de sua sala.
Ela veio falar comigo sem que precisasse chamá-la. Me abraçou e disse que falaria depois comigo. Perguntei se ela teria um tempo no momento, ela se aproximou.
Tinha feito um desenho pra ela, de uma Fênix, uma de suas criaturas favoritas. Modéstia parte ficou excelente. Ela pareceu gostar.
Em seguida, ajoelhei-me e disse que me equivoquei com a mensagem que enviei. Não era cedo demais, realmente gostava dela e queria uma oportunidade de demonstrar o quanto me importava e gostava dela. Disse-lhe que poderia levar o tempo que precisasse para pensar, mas que se não fosse para ser, que permanecessemos amigos.
No dia seguinte, levei o presente que havia comprado para ela. Tive de esperar até a hora da saída. Esperei que ela terminasse de conversar com os amigos. Quando acabou, chamei-a.
Ela disse que precisava ir. Que falava comigo depois. Disse-lhe que queria entregar seu presente. Ela repetiu que precisava ir e afastou-se.
Foi um baque. Senti um frio em meu peito. Disse a mim mesmo que era apenas uma crise adolescente, que ia passar.
Não a vi no colégio. Não a procurei.
Hoje, pela noite, enviei-lhe uma mensagem, comentando sobre o fato de seu aniversário ser em poucas horas e perguntando como ela estava.
Ela disse que estava bem e foi direto ao ponto.
Disse que gostava de mim, do que eu tinha feito, e de como a tratava. Disse que achava fofo. E que sabia que podia fazê-la feliz. Mas confessou que não queria envolver-se sério com ninguém por enquanto. E disse que já estava ficando com um garoto. Disse que sentia muito, mas não queria se afastar, queria minha amizade ainda.
Respondi que tudo bem. Que, de certa forma, já sabia qual seria a resposta, mas tinha que tentar. Concordei com a amizade.
Ela lamentou novamente.
Disse-lhe que se ela estava feliz, era o que importava.
Não menti. Conservei a amizade pois gosto dela, quero-a por perto. Quero vê-la feliz, mas queria ser um dos motivos de sua alegria.
Seu presente está comigo. Não sei se ainda irei entregá-lo. O comprei para ela. Talvez eu ainda dê, mas não tenho certeza.
Às vezes penso que o problema seja eu. Talvez não seja a hora. Talvez, não tenha que ser... Não agora, ou amanhã... Ou nunca. Sinto-me pessimista, mas no fundo, tenho esperança de que o Sol venha a me sorrir e que eu possa encontrar aquela com a qual haja reciprocidade.
Mas temo quanto tempo vá levar...