O lobo
Vamos. O que eu tenho a dizer é: o lobo é perigoso.
Por parte, primeiro, eu não me lembro de necessidades fisiológicas. Significa que se não for lembrado, não sinto fome, sede, sono, vontade de ir no banheiro ou qualquer coisa. Algo tem de me lembrar que tenho de fazer certas coisas para sobreviver.
Em segundo, quando essas coisas acontecem, por ventura, sem ser lembrado, ocorre uma reação um tanto incomum, "o lobo". Eu chamo assim porque parece que faço um mimetismo, que incorporo, que interpreto, que vivo um canídeo. Eu mudo a linguagem corporal, e falar se torna não natural, palavras são substituídas por grunhidos e algumas coisas pouco consideradas numa interação ocorrem, como salivar em excesso e fixar o olhar num "alvo".
Apresentados ao contexto, lhes apresento ao problema: ações de um animal estressado.
Como de se imaginar, já que perco consciência de ações quase que completamente, ajo como um animal. E como fome, sono e demais necessidades básicas não atendidas causam estresse, o que se espera de um animal estressado nesses casos? Violência.
Já tratei meus surtos de agressividade há tempo, mas e quanto ao lobo? Como andam seus problemas com agressividade?
De qualquer forma, isso é apenas um receio quanto a uma situação na qual eu estaria desassociando e poderia fazer algo que se espera de um animal... porque de certa forma, já ocorreu.
Arrancar sangue, a partir de dentes por entre pele e carne; arrancar carne, por fome ou raiva; ouvir gritos de dor e medo, violar corpos conscientes ou não.
Não digo que já aconteceu isso, mas meu receio não é infundado. Nunca me causou problemas muito graves, mas já me causou problemas graves.
Boa noite, e bom sono.
Por parte, primeiro, eu não me lembro de necessidades fisiológicas. Significa que se não for lembrado, não sinto fome, sede, sono, vontade de ir no banheiro ou qualquer coisa. Algo tem de me lembrar que tenho de fazer certas coisas para sobreviver.
Em segundo, quando essas coisas acontecem, por ventura, sem ser lembrado, ocorre uma reação um tanto incomum, "o lobo". Eu chamo assim porque parece que faço um mimetismo, que incorporo, que interpreto, que vivo um canídeo. Eu mudo a linguagem corporal, e falar se torna não natural, palavras são substituídas por grunhidos e algumas coisas pouco consideradas numa interação ocorrem, como salivar em excesso e fixar o olhar num "alvo".
Apresentados ao contexto, lhes apresento ao problema: ações de um animal estressado.
Como de se imaginar, já que perco consciência de ações quase que completamente, ajo como um animal. E como fome, sono e demais necessidades básicas não atendidas causam estresse, o que se espera de um animal estressado nesses casos? Violência.
Já tratei meus surtos de agressividade há tempo, mas e quanto ao lobo? Como andam seus problemas com agressividade?
De qualquer forma, isso é apenas um receio quanto a uma situação na qual eu estaria desassociando e poderia fazer algo que se espera de um animal... porque de certa forma, já ocorreu.
Arrancar sangue, a partir de dentes por entre pele e carne; arrancar carne, por fome ou raiva; ouvir gritos de dor e medo, violar corpos conscientes ou não.
Não digo que já aconteceu isso, mas meu receio não é infundado. Nunca me causou problemas muito graves, mas já me causou problemas graves.
Boa noite, e bom sono.